O grande aumento no número de cirurgias para perda de peso (cirurgias bariátricas) realizadas no Brasil provocou um aumento no números de pacientes que precisam de uma cirurgia plástica, para corrigir a flacidez de pele decorrente a perda maciça de peso. Mas é preciso entender em que condições elas podem ser feitas e com que cuidados.

De acordo com o cirurgião plástico Davis Barbosa, a grande perda de peso geralmente leva ao aparecimento de excesso de pele e flacidez que vão variar de paciente para paciente. “Em alguns casos, este excesso é pequeno ou até mesmo não existe. Mas, geralmente, aparecem dobras que atrapalham não só a estética corporal, mas também podem desencadear dificuldades de higiene e irritações na pele, entre outras coisas”, explica.

Segundo Davis, as áreas que podem ser tratadas cirurgicamente são o abdome, mamas, coxas, braços, costas, glúteos, púbis, pescoço e face. A cirurgia a ser realizada vai depender da quantidade do excesso de pele e de gordura. Ela deve ser realizada apenas após o paciente alcançar alguns critérios: cirurgia há mais de um ano, peso estável há mais de seis meses e liberações do cirurgião bariátrico e do nutrólogo. “Também é importante que o índice de massa corpórea (IMC) esteja abaixo de 35. Os demais cuidados a serem tomados são os mesmos dos pacientes que não tenham se submetido a cirurgia bariátrica”, ressalta o especialista.

A recuperação vai variar de acordo com a cirurgia realizada. Plástica de mamas e braços levam a limitação dos movimentos dos membros superiores. Já a cirurgia do abdome e coxas restringe o deslocamento. Apenas após 15 a 30 dias o paciente poderá retornar à maioria das suas atividades diárias. “O resultado final da cirurgia só será alcançado em aproximadamente um ano (sendo comum a realização de pequenos retoques neste intervalo), mas já é possível observar resultados a partir do terceiro mês após a cirurgia”, acrescenta o cirurgião.